08/04/2010

NOTÍCIAS SOBRE A GREVE...

Prezados pais, queridos alunos,


Os professores em greve desde o dia 18 de março foram surpreendidos com uma decisão judicial que, sem julgar o mérito da greve, determinava a volta ao trabalho. Essa determinação foi resultante de uma liminar impetrada Município que pedia a ilegalidade da nossa greve. A postura desrespeitosa da Prefeitura em tentar resolver o litígio na justiça, em vez de negociar com os professores causou grende indignação nos trabalhadores em greve que, em assembléia no dia 05/04 reafirmaram, por unanimidade, a continuidade da greve.

Todas as falas foram no sentido de garantir o direito da categoria poder decidir quando deve encerrar o seu movimento grevista. Foi lembrado que essa ingeência da Justiça nos movimentos grevistas também já tinha acontecido com a greve dos motoristas de ônibus e dos médico que foram julgadas ilegais em um claro desrespeito ao direito constitucional de greve.

O advogado do sindicato ressaltou que não foi através do Poder Judiciário que a classe trabalhadora conseguiu avançar nas suas conquistas. Lembrou o 1º de Maio e o 8 de Março como datas que rememoram a luta dos trabalhadores no mundo inteiro pois através destas lutas, que custou inclusive a vida de muitos, que conseguimos avançar na conquista de direitos (redução da jornada de trabalho, direitos previdenciários, férias remuneradas, entre outros)..

Várias categorias e centrais sindicais ofereceram apoio e solidariedade à categoria e chamaram a atenção para a importância da greve dos professores da Rede Municipal, uma vez que ela aponta, para as demais categorias de trabalhadores, o caminho da luta para se garantir conquistas, inclusive o direito de greve.

Sem nenhum voto contrário, mais de dois mil professores presentes à assembleia votaram pela continuidade da greve. Com esta decisão, a categoria demonstra coragem e firmeza para defender os seus direitos. Mais ainda, afirma que está coesa na luta e que o retorno ao trabalho não será por determinação judicial, mas será somente quando as negociações forem abertas, pois é o mínimo que podemos desejar.

A greve é difícil. Por isso dizemos que é sempre o último recurso. Mas a nossa luta é também por dignidade e respeito, o que tem sido sistematicamente negado. Todos nós, cada qual com seus problemas, fazemos parte de um coletivo que se fortalece na luta.

Na primeira assembléia do ano, os trabalhadores em educação levantaram seus braços e deflagraram a greve. Precipitada? Não. Necessária! Quando vamos terminar a greve? Não sabemos. Mas esperamos que, assim como entramos nela juntos, também possamos sair juntos, e de cabeça erguida.

As grandes manifestações e passeatas pelas ruas do centro de Belo Horizonte têm denunciado a política de desrespeito da Prefeitura para com os professores municipais. Esperamos contar com o apoio e a solidariedade da cidade e especialmente da nossa comunidade escolar, na luta por uma escola realmente democrática e de qualidade.

Abraços a todos/as.
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NOTÍCIA VEICULADA NO JORNAL ESTADO DE MINAS - 07/4/2010:
Os professores das escolas públicas de Belo Horizonte continuam em greve sem previsão do fim do movimento. Hoje, às 9h, eles participam de ato conjunto dos servidores municipais por reajuste salarial, na porta da prefeitura. Na sexta-feira, nova assembleia no Colégio Marconi deve definir o futuro do movimento.

Na segunda-feira, cerca de 2,5 mil professores decidiram manter a greve, contrariando a decisão da Justiça que ordenou a volta das aulas, sob pena de multa diária de R$ 50 mil. Os sindicalistas informaram que entraram com recurso contra a ordem judicial.

O sindicato da categoria contabiliza que 61% das escolas municipais foram afetadas, sendo que 27% continuam funcionando normalmente. Já a Secretaria Municipal de Educação minimiza a situação, afirmando que 9% das unidades escolares estão totalmente sem aulas. Somando com as que foram parcialmente prejudicadas, a secretaria garante o movimento grevista não chega atingir mais que 30% das 186 escolas do ensino fundamental e 54 unidades de educação infantil. Ontem à noite, o prefeito Marcio Lacerda determinou que o secretário municipal de Planejamento, Helvécio Magalhães Júnior, receba amanhã representantes da categoria para negociação (com Pedro Franco)"


NOTÍCIA DE 8/4/2009:
Cerca de 300 servidores municipais fizeram manifestação ontem em frente à Prefeitura de Belo Horizonte, na Avenida Afonso Pena, no Centro. Segundo a presidente do sindicato da categoria, Sindbel, Célia Lélis, cerca de 5 mil servidores não trabalharam ontem. “Marcamos uma assembleia em 15 de abril com o indicativo de greve. Queremos 22% de aumento salarial”, diz. Os professores da rede municipal, que desde 18 de março estão em greve, também participaram do protesto. À tarde, eles estiveram na Câmara Municipal, em audiência pública, e pediram apoio do Legislativo em suas reivindicações.

“Calculamos que 62% das escolas estão paradas. Não estamos satisfeitos com a paralisação, mas durante todo o movimento a prefeitura não nos recebeu para qualquer negociação”, diz Maria da Consolação Rocha, integrante do comando de greve. Os vereadores Paulo Lamac (PT), líder do governo na Câmara, e Arnaldo Godoy (PT) estiveram na porta da PBH e garantiram que os professores serão recebidos hoje de manhã pelo secretário municipal de Planejamento, Helvécio Magalhães. A reivindicação é de 22,41% de aumento, correspondente a perdas salariais desde 1996. A próxima assembleia da categoria é amanhã.

2 comentários:

  1. Pessoal,
    Parabéns, pelas informações à comunidade. Mostremos nós, que diferentemente da prefeitura respeitamos a comunidade!
    Força e luta até a vitória1
    Katia Cardoso

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  2. Oi pessoal,

    Parabéns por esse blog tão bonito e por fortalecer a nossa luta junto à comunidade.
    Cuidado com o Lacerda que ele pode estar tentando nos "embromar", de novo.
    Saudações da Umei São Gabriel.

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